quinta-feira, 8 de maio de 2014

A geração do "li algures"

E esta, hoje pensei bastante sobre um assunto sobre o qual da vez em quando dou por mim a pensar, e lembrei-me hoje porquê? Porque mais uma vez, ouvi alguém afirmar com toda a sua certeza que o pastel de nata é o bolo menos calórico que existe.

Ora, conflituoso como sou, e teimoso como apenas eu o consigo ser, não me consegui controlar e meti-me na conversa impulsivamente. "Ai sim? Fala-me mais sobre isso, não me digas que leste isso numa qualquer imagem do facebook? (ironia)". E surge a bela da resposta, "sim, uma amiga minha partilhou de uma página de factos!".


UUUUUUIIIIIIIIIIII, o que me foram dizer, uma página de "FACTOS".

Facto?! Algo que existe, que é real, que é verdade. Chateia-me um pouco, páginas de factos, quando na verdade muitas das vezes não são factos mas sim boatos, basta alguém na china dizer que é um facto, que dias depois, ou mesmo horas depois, torna-se um "facto" em todo o mundo. É aquilo a que eu chamo um boato do elevador, porque o elevador é o local perfeito para tornar a maior mentira, no facto mais fascinante. Se eu for num elevador com um amigo e um 3º individuo completamente desconhecido, posso simplesmente afirmar para com o meu amigo que os bebés que choram mais vivem mais anos, essa 3ª pessoa vai captar o que eu disse, e provavelmente vai passar essa informação para um outro individuo, e por aí adiante, até que finalmente lá está estampado esse facto numa qualquer página na Internet, é simples.

E a partir desta "pequena" revolta, fui aprofundando as minhas duvidas e pensei no assunto mesmo com seriedade, e cheguei a um beco sem saída, em que não sei o que pensar, será que nos tempos que correm ainda existe alguma informação em que possamos confiar?! Vou tentar explicar isto da melhor maneira que conseguir.

Vivemos hoje numa sociedade em que somos forçados a acreditar naquilo que nos dizem na única maneira que temos de saber o que se passa em todo o mundo, na tv, nos jornais, revistas, Internet, por ai alem. E quando estes meios de comunicação nos dizem que algo é mau, ou que algo acontece por algum motivo, somos algo forçados a acreditas nisso tudo.

A tabela nutricional vale para alguma coisa? Todos presumimos que a tabela nutricional de cada alimento está certa, e nem por um momento duvidamos dela, mas porquê? Quem foi que nos disse que um iogurte tem x calorias, e que uma embalagem de fiambre tem y calorias? Onde estão as provas disso tudo? Passa tudo por um controlo, sim, mas e quem está a controlar esse controlo? E se os há, quem os controla a eles? E por aí, estão a perceber o que quero dizer?

Mas isto continua, não parei nos iogurtes, e comecei a questionar assuntos ainda mais profundos, aquelas coisas que ninguém duvida, que sempre foram ditas e sempre se acreditou, mas acredita-se porquê?
A toxicodependência existe?! Pois, existe sim, mas quem foi que disse? Eu não penso que os meios de comunicação mentem ao dizer que existe toxicodependência, pior que isso, eu hoje questionei-me se não terão sido os meios de comunicação a criar as toxicodependências. Pensem lá nisso, onde foi que ouviram falar do vicio da droga?! E os toxicodependentes, onde foi que ouviram falar? Será que o primeiro dos toxicodependentes estava um dia a ler um jornal que afirmava que a droga viciava e por aí além, e deu por si a chorar a um canto, com um seringa no braço e a aperceber-se de que se tinha tornado um toxicodependente? É um afeito placebo, um individuo que não consegue ler, ver ou ouvir um noticiário sem que lhe seja imposta a ideia de que uma substância o vai viciar se algum dia ele tiver a infeliz ideia de a experimentar, o seu cérebro habitua-se tanto a essa ideia que certo dia essa pessoa leva mesmo esse caminho e o seu cérebro faz exatamente aquilo para que foi programado com todas aquelas noticias, deixa-se viciar, o próprio cérebro é enganado de tal maneira, que aquilo que lê, que vê, que ouve, torna-se numa verdade absoluta.

Tudo aquilo que faz mal, assim o faz porque alguém quer que faça, alguém um dia disse para o mundo, O tabaco faz mesmo mal, vão todos morrer, e sim, concerteza, faz mal, está estampado em todo o lado, criam-se leis, alteram-se leis, tudo para fugir da monstruosidade, no entanto não se proíbe, mantém-se à venda, faz sentido? Para mim não faz sentido, e os nossos cérebros tanto se habituaram à ideia de que o tabaco faz mal, que aos fumadores, torna-se num efeito placebo tão forte, tão imparável, que o seu corpo adoece mesmo. Tudo está provado cientificamente, e então? Somos todos cientistas? Foi nos provado a nós alguma coisa? Pois...

Digo-vos eu, que isto são apenas suposições que muito provavelmente estão erradas, mas e se não estiverem?! Uma questão que certamente ficará por responder até ao nosso fim. Mas digo-vos, se na mais ínfima das hipóteses isto fosse uma realidade, alguém, algures no mundo estava a lucrar muito com isto, a manter toda uma sociedade doente, e aterrorizada com tudo, bem controlados, um rebanho de ovelhas bem mandado.

E deixo-vos assim, com esta minha teoria do absurdo. Tudo começou com um pastel de nata ;)